A representação social da mulher negra nos programas de TV: do estereótipo à sexualização

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Novembro Negro. Semana da Consciência Negra. Esse foi o advento que originou esse post.

Esse texto é uma versão revista e ampliada de uma palestra proferida por mim no dia 13 de novembro de 2013, na abertura da Semana da Consciência Negra da Escola Municipal da Palestina.

nega maluca

Ao ver a imagem acima, pergunto: Qual mulher negra ao ver essa imagem consegue se identificar, ou melhor, quantas de nós, mulheres negras, olhamos no espelho e nos vemos desse jeito?

Imagino que a resposta das mulheres pretas que lerão esse post será negativa. Não. Eu não me identifico com essa imagem. Ou, não. Eu não sou o que vejo na imagem. Pois bem, é com essa enquete que levantarei alguns pontos pertinentes à representação social da mulher negra nos programas da televisão brasileira. Para tanto, farei uma breve digressão ao nosso passado escravista, a fim de compor o cabedal teórico suficiente para coadunar os pontos do que será apresentado adiante.

O Brasil viveu mais de trezentos anos, mais precisamente, trezentos e cinquenta oito anos de regime escravista negroafricana. A historiografia nos diz que homens, mulheres e crianças foram sequestradas de várias regiões de África e trazidas para o Brasil, a fim de servir o sistema comercial e exploratório que a escravidão perpetuou.

Mulheres africanas que aqui aportaram vilmente tiveram sua força de trabalho explorada, sua cultura expropriada, e sua sexualidade abusada.

Para atender as necessidades do regime em que foram postas, negras escravizadas desde muito cedo foram forçadas a trabalhar para garantir o conforto das mulheres brancas portuguesas – sinhás –, lavando, passando, cozinhando, cuidando dos filhos e servindo de ganhadeira (escrava de ganho; executavam atividades remuneradas, e entregavam a (o) senhor/senhora uma quota diária do pagamento recebido). E não somente isso, a escravizada também “servia” sexualmente ao seu senhor, que, por ser propriedade, era lhe dado o uso que fosse julgado conveniente, inclusive o de ser estuprada para satisfazer os impulsos sexuais dos senhores de engenho. E ainda há quem diga que as relações entre senhores brancos e escravizadas negras foram consensuais.

Para além da simples satisfação das taras sexuais dos senhores de engenho, dos filhos e dos cupinchas destes, muitas dessas mulheres eram engravidadas para gerar leite e servir de ama de leite aos filhos das sinhás, e seus filhos servirem de mão de obra escravizada para seu senhor. Ou seja, além de estupradas, seus filhos eram-lhe tirados do colo para servir de mercadoria, e produzir riqueza com sua força de trabalho. Ser escravizada a extrai do status de pessoa humana, e a condiciona ao papel social da bestial.

Ou seja, a violência sexual não era só uma questão de sadismo senhorial. Era uma prática inserida na ordem econômica da época.

Diante de todos esses destratos sociais pelos quais passavam as mulheres negras escravizadas durante os trezentos e cinquenta e oito anos de escravidão negroafricana no Brasil, o reforço à desintegração de sua identidade continua sendo veementemente incorporado no tecido da sociedade brasileira, e se ancora nas estruturas sociais que preconizam sua inferioridade.

No avançar dos anos, a concepção de mulher negra construída pela escravidão a confere toda sorte de desprezo e desmazelo estrutural. E por conta disso, toda sorte de preconceitos e discriminações nos são lançadas.

As heranças escravistas deixaram marcas tão densas quanto as marcas de ferro nos seus corpos que as identificavam com as iniciais dos nomes da família que pertenciam.

Deste modo, o preconceito contra a mulher negra a restringe aos porões sociais mais profundos, lhe dizendo que: sua força de trabalho é maior, e assim pode ser explorada (“as negras são fortes”); seu tipo físico não é o padrão ou o desejável, e suas características físicas se tornam motivo de piada, e então é degenerada; és produto de consumo, o que remete a imagem da mulher como fonte de sexo fácil.

Perante o exposto, a mulher negra ocupa o mais baixo nível da escala social. E isso se dá nos postos de trabalho, nas relações matrimoniais – prova disso é a clarividente escolha dos jogadores de futebol, não só eles, às mulheres brancas para constituir relação afetiva matrimonial –, nas peças publicitárias, nos programas de TV (ver A Negação do Brasil), nos espaços de poder, e tantos outros que seu acesso é restringido.

Pirâmide Social da Mulher Negra

É com base nesse espectro que as grandes mídias reorganizam esses destratos sociais, e aloja-os no mote dos estereótipos. Nessa linha, a representação social da mulher negra ampara-se no esteio dos resquícios escravistas presentes na nossa sociedade.

Nas peças publicitárias, isto se faz notório nas imagens abaixo:

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“É pelo corpo que se conhece a verdadeira negra”. Essa é a mensagem que a Brasil Kirin Indústria de Bebidas S.A., detentora do logotipo da cerveja Devassa nos diz. Que a mulher negra é identificada pela suntuosidade do seu corpo, que reiteradamente é remetida à fonte de sexo fácil.

A mulata faceira, que tem o molejo na cintura e exala o “cheiro exótico” para conquista de um bom homem.

As reminiscências do passado escravista vêm à tona numa peça publicitária de uma cerveja, o que nos mostra que a condição atual da mulher negra não sofreu um avanço positivo a ponto de reverter seu sentido representativo nos espaços públicos.

Sua sexualização se dá no sentido de conceder ao outro o direito de usufruir dos plenos poderes de usar e abusar do seu corpo como uma propriedade, e assim incidir nos pressupostos defendidos por Freyre (2006) quando definiu a serventia sexual da escravizada: (…) “Da que nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama-de-vento, a primeira sensação completa de homem”.

Afinal de contas, como bem cantarolou Joaquim Silvério de Castro Barbosa, na marchinha de carnaval “O teu cabelo não nega”, sucesso do carnaval de 1932: “O teu cabelo não nega, mulata/Porque és mulata na cor/Mas como a cor não pega, mulata/Mulata eu quero o teu amor”.

Adiante, o grupo Bombril, numa campanha que visava “valorizar a mulher”, presenteou-nos com a peça “Mulheres que brilham”, e utilizou como imagem o estereótipo da mulher negra, e o seu cabelo crespo associado à lã de aço que vende no mercado.

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Tão acintosa quanto a peça publicitária é tirar-nos o direito de reconhecimento de nossa identidade para aceitação e construção da autoestima da mulher negra que é tão destruída.

Afrontar-nos de modo tão vil. Essa foi a intenção do grupo Bombril ao criar a peça num país que é o segundo maior consumidor de cosméticos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Pois os padrões de beleza construídos aqui nos diz que temos de ser branca, ter cabelos lisos e sedosos. Tão logo, ter cabelo crespo não significa estar dentro do padrão de beleza exigido.

Mas não foi só esse grupo que afirmou isso num comercial. A marca Dove também deu suas tacadas na divulgação de mais um produto da sua linha de cosméticos amplamente comercializados no mundo.

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Na imagem exibida acima, a marca Dove afirma que seu produto detém o poder de deixar sua pele linda e macia. Na imagem uma mulher negra é utilizada para representar o antes, e a mulher branca o depois do produto. E no fundo da tela, duas superfícies que representam a pele antes e após o uso do produto (áspera e lisa).

Creio que não há forma mais explícita de subjugar a mulher negra como não-ideal, pois no sentido em que se toca, esta tem a pele áspera, escura e indesejável podendo ser comparada a uma lixa de construção. Em contraproposta, a mulher branca é símbolo da beleza ideal. Pele lisa, clara, quase um porcelanato de tão liso e espelhado que ele possa transparecer. Essa peça publicitária só contribui para reforçar a imagem da mulher negra como “antimusas da sociedade”, como disse Sueli Carneiro.

A ordem social que vigora não só infere, mas remete a todo o momento que a mulher negra está sujeita a qualquer valoração que lhe possa ser feita.

Sua condição de usufruto perpetua uma série de barbáries e atentados violentos, e isso nos mostra quão vil sua imagem foi incutida no imaginário popular, e tem ajudado a fomentar toda má sorte que lhe é lançada.

O desprezo, o despropósito e o descaso com que são tratadas as achacam no pré-sal da dignidade humana.

Desfigurar suas características físicas, bem como debochá-las é um forma encontrada de não assegurar um poder de decisão sobre si. Pois uma mulher negra “não serve para casar”, está fadada a servir como step sexual de homens incontrolados instintiva e sexualmente, e por isso tem que aceitar o que Deus lhe reservou, ou seja, qualquer um bem intencionado, ainda que não seja do seu agrado. O que vem a justificar os estupros, pois mulher negra (e feia) não tem escolha, tem sorte.

*          *         *

A imagem que segue abaixo compõe a seara do que tomamos como humor racista. Para tanto, me utilizarei dos programas de TV, que tem se constituído um solo fértil no que tange às construções negativas da mulher negra.

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Julgo a imagem acima clássica por exibir Billy Van, personagem interpretado pelo “humorista” William H. West (1853-1902), um ícone norteamericano que representava o blackface nos espetáculos de Minstrel Show no início dos anos de 1900 nos EUA, associado a imagem de Rodrigo Sant’anna que representa a personagem Adelaide em 2013.

Minstrel Show era um espetáculo realizado por companhias de teatro compostas exclusivamente por atores brancos que pintavam suas faces de preto e faziam todo tipo de deboche no palco para configurar a imagem do negro na sociedade americana. (Ver Bamboozled)

Importado dos EUA, como quase tudo que consumimos na televisão brasileira, o blackface passa a ser encenado por Rodrigo Sant’anna em Adelaide, que se transfigura de mulher negra, descabelada, desdentada, suja e mal instruída.

Temos aí mais um reforço ao estereótipo negativo construído acerca da mulher negra no Brasil.

Adiante, temos a representação negra feminina como símbolo do exagero, da macaca de circo representada por Priscila Marinho, na personagem “gentilmente” apelidada de “Chocotona”, na novela Aquele Beijo, de autoria de Miguel Falabella (o mesmo que adorava esculachar os costumes da pobreza no Sai de Baixo através do seu alter-ego Caco Antibes), exibida pela Rede Globo nos idos de 2011/2012.

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Em sequência, temos a negra servil, que se ajoelha e pede perdão e leva um tapa da sinhá, na cena que foi ao ar em 20 de novembro de 2010, em mais uma novela Global, Viver a Vida. Um tapa na cara do Movimento Negro, na data em que se comemora o Dia da Consciência Negra.

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Para além da ridicularização da mulher negra na figura da Chocotona, ou da servidão de Helena, interpretada por Taís Araújo, há também a hipersexualização da Globeleza, a mulata suntuosa de todos os carnavais que a emissora transmite. Ou ainda, as musas do carnaval exibidas no Caldeirão do Huck.

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O que me causa estranheza, é o fato de que mulheres negras antes tidas como antimusas, ganham notoriedade no carnaval e passam a ser musas, e tem sua sexualidade exacerbada pela mídia.

A TV brasileira, de fato, tem se especializado em arremessar a mulher negra nos mais improváveis valões sociais existentes, e concomitantemente reforça sua hipersexualização na figura da mulata rebolativa dos eventos carnavalescos.

Quem não se lembra do “Pi pi pi pi pi, olha o recalque!”, de Maria Vanúbia, interpretada por Roberta Rodrigues, na novela Salve Jorge, ano passado? A mulata faceira que tomava banho de sol na laje e fazia a alegria da vizinhança?

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As desfigurações da mulher negra nos espaços de mídia no Brasil se dão no mais amplo leque a que possa se estender o racismo sem ódio.

As nuances do racismo se fazem presentes em diversas plataformas de comunicação. E como diz que a vida imita a arte, a estrutura racial na qual está dividia o país não deixa de ser representada nos programas de TV, nas peças publicitárias ou qualquer outro espaço inserido no seio da sociedade, pois o racismo se perfaz do arcabouço sistêmico social – precedente histórico escravista – para agir de modo contundente e dissimulado.

Na imagem abaixo temos mais um reforço ao estereótipo negativo à mulher negra transfigurado em modelos que usam peruca de lã de aço num desfile de moda organizado por Ronaldo Fraga. O renomado estilista com a pretensão de fazer uma “singela” homenagem à cultura negra põe perucas de lã de aço nas modelos.

Devo pensar. Se ele queria mesmo homenagear a cultura negra, por que não fazer um desfile com temas da cultura negra ou com modelos exclusivamente negras? Fica a dúvida.

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Quem não se lembra da polêmica em torno da marca Cadiveu, que exibiu cartazes com fotos de pessoas de peruca black, e a seguinte frase: “Eu preciso de Cadiveu”?

Por que precisaríamos de Cadiveu para alisar nossos cabelos quando na verdade o que queremos é ser respeitada como somos: mulheres negras, de cabelos crespos e volumosos?

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Até aqui foram elencadas uma série de situações envolvendo ataques à mulher negra. Seja quanto ao seu físico, ou até mesmo à sua sexualidade, e os fatores intrínsecos que acometem.

Mas devo dizer que na tentativa de contrariar o que é dito, algumas mulheres seguem na contramão do preconceito e mostram que é possível reverter o cenário atual no que tange a representação social da mulher negra.Sueli Carneiro

As mulheres negras têm contornado esse cenário, e desfeito sua objetificação no sentido de propor debates e trazer à tona uma ressignificação de sua imagem. E são elas:

Ana Célia da Silva Ana Maria Gonçalves Carolina Maria de Jesus Elisa Lucinda Ivete Sacramento Luislinda Valois Mãe Stella de Oxóssi Vilma Reis

Sendo assim…

REFERÊNCIAS:

CARNEIRO, Sueli. Liberdade de Expressão e Diversidade de Gênero. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IwdVISYxoSc. Acessado em 11/11/2013

CONCEIÇÃO, Fernando. Como fazer amor com o negro sem se cansar e outros textos para o debate contemporâneo da luta anti-racista no Brasil. São Paulo: Terceira  Margem, 2005.

FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ª ed. São Paulo:Global, 2006.

GONÇALVES, Ana Maria. Carta aberta ao Ziraldo. Disponível em http://www.idelberavelar.com/archives/2011/02/carta_aberta_ao_ziraldo_por_ana_maria_goncalves.php Acessado em 22/11/2013

____________. Um defeito de cor. 6ªed. Rio de Janeiro:Record, 2010.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 9ª ed. São Paulo:Ática, 2007.

LIBENCE, Paula. A vênus negra, a mulata exportação e o corpo da mulher negra na sociedade do espetáculo. Disponível em: https://escrevivencia.wordpress.com/2013/01/11/a-venus-negra-a-mulata-exportacao-e-o-corpo-da-mulher-negra-na-sociedade-do-espetaculo/. Acessado em 12/11/2013

____________. Bonde das Maravilhas, a sexualidade da mulher negra e a hipocrisia nossa de cada dia. Disponível em: https://escrevivencia.wordpress.com/2013/05/17/bonde-das-maravilhas-a-sexualidade-da-mulher-negra-e-a-hipocrisia-nossa-de-cada-dia/. Acessado em 12/11/2013

SANTOS, Rogério. Racismo é engraçado? Disponível em: http://efemeridesbaianas.blogspot.com.br/search?q=racismo+%C3%A9+engra%C3%A7ado. Acessado em 12/11/2013

____________. O sapatinho da Cinderela, o alisamento de cabelo e a opressão racista. Disponível em http://efemeridesbaianas.blogspot.com.br/2010/12/o-sapatinho-da-cinderela-o-alisamento.html. Acessado em 22/11/2013

Uma resposta »

  1. Vai me desculpar, mas a mulher negra na propaganda de Dove não representa o antes nem aqui, nem na China. As três mulheres estão em pé de igualdade. Menos mi mi mi, please.

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    • Discordo márcia…a mensagem subliminar é a tática mais utilizada pela indústria midiatica.
      A mulher negra é associado SIM ao antes ,ao que precede uma pelo aceitavel e limpa…você acha que é coincidencia a mulher branca estar na parte do depois ? ….

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      • Não há mensagem subliminar neste caso, digo isso porque estudei publicidade. Para uma mensagem ser subliminar, você não pode saber que ela está lá, pois ela atua no subconsciente. Então, seria, como um exemplo, alguém que coloca uma imagem no comercial que você vê, mas que a imagem seja tão rápida que ela está lá, mas seu olho não consegue captar totalmente, você não vê. Neste caso da imagem, nada mais é que a necessidade de colocar três modelos em um pequeno espaço e transmitir uma informação atrás. no caso, são duas informações. Aliás, a negra tem um corpo mais “encorpado”, portanto, vem primeiro. sem contar que uma marca visa lucro e atingir o maior número possível de consumidores. Não há sentido em discriminar a classe negra se o produto também é voltado para elas. Eles querem é lucrar. Não há preconceito quanto se pode lucrar com todo o mundo. e eu duvido que alguém tenha melhores argumentos para rebater esses. Claro, há sempre o “achismo”.

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  2. Mas quem foi que disse que a Taís Araújo representou a servidão da mulher negra perante a mulher branca?? Quem se lembra dessa cena, deve se lembrar também do conceito em que ela foi colocada.
    Só para constar, sou NEGRA e não me senti nem um pouco ofendida. Também não me senti ofendida pelo cabelo de bombril no desfile do Ronaldo Fraga. Se ao invês de palha de aço ele tivesse usado palha de milho para imitar cabelos loiros e lisos também estaria sendo preconceituoso?? Não acham que já chega de ficarmos procurando tantos “preconceitos” e sermos apenas nós e acabou?

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    • acontece, que vc nao vai ver palha de milho imitando cabelo loiro numa passarela, pq a piada somos nós, quem é mais objetificado somos nós. e a representação no caso foi de negros feito por brancos, e claro que nao colocariam um esteriotipo sobre si proprios, abre o olho amiga.

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  3. Achei o texto extenso, mas gostei!
    Não dá pra negar que existe o racismo. Principalmente por está ligado a escravidão neste país. Aliás deste a libertação dos escravos, eles estavam livres, porém desempregados, sem escola, sem moradia, sem acesso a saúde.
    E a “Lei do Bota Abaixo”, em que os curtiços em que os negros moravam foram derrubados para revitalizar o cidade do Rio de Janeiro. Onde o negro teve ir morar? Teve que armar barracos no morros, atualmente as favelas. Infelizmente falta muita cultura para entender nosso valor e ter maior percepção das coisas. O racismo existe das mais diversas formas.

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  4. Parabéns texto bem retratado sobre a questão do racismo, sendo em destaque as mulheres negras. Acrescentasse a esse texto também, a baixa oportunidade no mercado de trabalho,em relação as posições de destaques e a diferença salarial muito abaixo da realidade, promovendo assim a exploração trabalhista, sem os tais direitos iguais. Mas, na abrangência do assunto, o texto merece nota 10.

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  5. Muito bom o texto e te juro minha ficha ainda nao tinha caido em relacao ao preconceito e racismo contra a mulher negra, so a agora me dei conta que o tempo nao passou que continuamos a ser vista como objeto sexual igual a epoca da escavidao…………. Meu Deus…….

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  8. Texto muito bom, mas só uma observação : a dove não usa a negra como antes e a branca como depois. Na propaganda mostra 3 tipos de mulheres felizes após usarem dove. Análise equivocada da propaganda.

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  10. Temos um loooongo caminho a trilhar. Realmente dói. E o trabalho tem que ser feito por nós mesmas. Protestar, gritar, não ser cúmplice calada desse atraso, dessa infâmia. Todos vao ser ganhando, os imbecis que molestam sem maiores considerações, e os que sofrem, os ofendidos.

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    • Ah, e obviamente a da Dove também esta bem equivocada. O “antes e o depois” está no background, em primeiro plano estão as 3 mulheres que usaram, representando que serve pra qualquer tonalidade de pele.

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  11. Falam tanto dos negros e brancos e esquecem que os indígenas (entre outras etnias, como os asiáticos) são totalmente esquecidos pela esquerda e pelos ditos “revolucionários”. Ainda bem que nos desenhos animados, os que não são revolucionários, fazem a verdadeira revolução ao colocar etnias diferentes.

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  12. Sempre vejo falarem de negros e brancos, mas dificilmente falam dos indígenas ou de outras etnias que formam o brasileiro. Ainda bem que os “revolucionários” que não fazem parte de lado político algum brindam nossa criançada com desenhos que mostram brancos, negros, asiáticos e indígenas em boas proporções.

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  13. Pingback: Nós, mulheres pretas, também temos o direito de amar – e ser amadas | Escrevivência

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